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Transforme-se! Renasça!

Nasci em uma família Católica não praticante.
Fui batizada, catequizada, crismada.
Porém, nunca pratiquei e tampouco conhecia pessoas que praticavam a religião em sua plenitude conforme estabelecida pela Igreja Católica. 
E por ter visto pessoas, entrarem na igreja, rezarem, fazerem promessas, e não cumprirem, pois saíam dos templos, retornavam aos seus lares, trabalhos, afazeres, e não praticavam no mínimo, um gesto de solidariedade com seus semelhantes. Essas atitudes me deixavam pensativa de uma forma que me fez quase abandonar a crença católica e chegar a conclusão que era melhor entrar na fatia do gráfico, da população que era ateu.
Minha última tentativa de não abandonar a crença católica, foi quando decidi me aprofundar e estudar teologia/filosofia.
Me formei em 8 anos. Me matriculei, fiz 4 semestres, quando iria começar o 5° semestre, engravidei. Quando pensei que retornaria, adoeci gravemente.
Porém, foram nos momentos em que estive no hospital, do lado de fora das salas de estudos e depois no dia-a-dia da minha recuperação, que passei pelas maiores avaliações, provas e provações que uma matéria de qualquer curso de especialização poderia me submeter. A maior surpresa que tive, foi perceber que minha vida de estudos começava de verdade, fora de universidades.
Me formei em teologia/filosofia, em 2018, e agradeci a Deus, por não ter deixado me tornar, mais uma na fatia dos praticantes do ateísmo.


Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro
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Segue abaixo, o meu testemunho de fé e como surgiu o blog Brincadeira Sustentável / Brinquedos e atividades com material reciclado, para maternal .

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Muito prazer, sou Renata Bravo !

- Carioca
- Artista Plástica/restauradora de imagens sacras
- Tecnóloga em sistemas de computação. 
- Com muita perseverança , pró-atividade organização e controle de resultados,  consegui explorar e desenvolver sozinha um método de terapia, para atingir a cura de um sério colapso nervoso, que descreverei abaixo, e do qual precisei de anos para me recuperar/recompor emocionalmente.
- Teóloga(fé) e filósofa(razão). Sou voluntária em uma loja de artigos religiosos católicos; me tornei uma ouvinte de testemunhos de fé, ... atender na loja, se transformou em um campo de estudos.
Segue o link do instagram da loja

Gosto de ouvir Heavy Metal, Pink Floyd, Jazz, Blues, apreciadora de vinhos, entusiasta das teorias quânticas - física / mecânica; e

Em 2012, entre 4 e 5 meses após o nascimento da minha filha, me consultei com um oftalmologista, por causa de uma diplopia repentina e foi descoberto que estava com paralisia no VI nervo craniano e precisaria de um tratamento especializado com neurologistas .

Depois de alguns dias dessa descoberta, meu estado de saúde piorou e parecia irreversível. 
Estava com ataxia cerebelar - problema na ligação entre o cérebro e músculos, incapacidade de coordenação motora, ...  

Sentia fortes, insistentes e enlouquecedoras dormências, que começavam nos pés, passavam por todo o corpo e chegavam na cabeça.
Não conseguia levantar o corpo, cabeça e membros; 
sentia um peso enorme nos ombros e coluna
era a sensação que um imã me atraía para o chão e por estar consciente, eu desesperadamente tentava sair dessa situação, como se nada de diferente estivesse acontecendo comigo. 
As dormências causavam tremores, acompanhados de barulhos internos aterrorizantes; 
escutava sons agudos, continuados, indescritíveis e ensurdecedores; 
Não conseguia encostar o dedo indicativo, na ponta do meu nariz, meu braço, parecia um pêndulo; 
não conseguia engolir a saliva e muito menos beber água,  pois engasgava. Nada passava pela minha garganta. Precisei usar sonda nasogastrica.; 
não conseguia inspirar e expirar;
sentia o diafragma ressecado e externamente a ele, parecia que haviam amarrado uma corda ou que estava envolvida por um arame farpado. Parecia um abraço, mas, um abraço bem desagradável, que certamente não é desejado por ninguém;
estava com a vista dupla (diplopia), via flashes intermitentes de luz, entre muitos outros sintomas de uma doença degenerativa. 

Fui internada na enfermaria do HFSE-RJcom queixa de: 
- diplopia, ataxia, disfonia e disfagia.

E ao exame apresentava: 
- força grau IV nos 4 membros;
- paratonia, com reflexos axiais de face exaltados;
- dismetria bilateral (E>D), com tremor cefálico em negação; 
- sinal de Babinsk bilateral;
- paresia de reto lateral bilateral (E>D), nistagno vertical e horizontal;
- paresia de palato bilateral, sem reflexo nauseoso e disfonia.

A paralisia não era somente no VI nervo craniano e sim, em vários nervos cranianos. 
Os exames para fechar o diagnóstico, foram liberados pelo centro de estudos e foi realizada punção lombar, ressonância magnética de neuro eixo (com evidência de lesão extensa em ponte e bulbo, sugestiva de processo inflamatório)

No hospital, eu pronunciava palavras com muita dificuldade (a língua estava semi paralisada), e como já mencionei, foi necessário usar sonda nasogástrica (aterrorizante)  ;
não escrevia (sentia fortes dormências);
não realizava gestos (tremia exageradamente);
não realizava troca de olhares (diplopia); 
não conseguia andar, levantar os braços; ... tinha a sensação, que o meu corpo estava molhado, com água extremamente fria.
Quando me deitavam para um lado, sentia calor e fortes tremores e quando me deitavam para o outro lado, sentia dormências e o corpo congelando - a sensação era que estava morrendo.

Mesmo com dificuldades na fala, deglutição e por fim, respiração, eu conseguia sussurrar.
Falava coisas sem nexo e tinha noção disso, mas, não conseguia ter o controle da situação.  
Minha memória não ficou afetada, e consequentemente, a cada segundo que passava, a doença tornava-se mais tenebrosa. 

E a surpresa maior;
A explicação mais difícil de dar; 
Foi perceber que;
O que nos mantém de pé literalmente e figurativamente, não são os pés, e sim a cabeça.

Perdi todos os modos de me comunicar com autocontrole, não conseguia descrever para os médicos o que sentia. Isso, gerava ansiedade seguida de pânico e incontrolavelmente, como acontecia com as dormências, ocorriam os surtos, de uma maneira praticamente, fisiológica.
E nesses momentos de surto, terrivelmente, sabia que estava surtando.

Enfim e com a graça de Deus, vi o tratamento ser iniciado com a equipe do Dr. Rogério Naylor e Marcelo Cagy.

Desde a sala de espera do ambulatório, até a enfermaria, fui minuciosamente examinada; 
doutores e residentes, procuravam entender o que se passava comigo, mas a avaliação foi complicada, não conseguiam diagnosticar com precisão; 
o olhar deles para mim, era sempre de espanto, e a única certeza, era que o cerebelo, que é muito mais que uma central de coordenação motora, é o grande intermediador do cérebro, não estava "funcionando" como deveria.

Por duas semanas, os médicos suspeitaram que tratasse de esclerose múltipla ..., ou isquemia ..., ou vasculite ..., ou ...
A médica residente que acompanhou diariamente o meu caso, sempre me perguntava: "- Renata, qual é o seu mistério?".




Nas visitas diárias à enfermaria, surgiram vários grupos de orações, de inúmeras congregações, denominações diferentes e lugares distantes. Apesar das nobres e boas intenções, esses grupos me irritavam, pois naquele momento eu queria o silêncio, necessitava de calma e equilíbrio, especialmente, porque meu problema era neurológico. 

Percebi, que a pior parte de ter uma doença mental, é que as pessoas esperam que você se comporte como se não tivesse doente, porém, isso perturba mais o paciente.

Em alguns momentos, eu conseguia manter o controle, fingia que estava dormindo e rezava para todos que não entendiam o meu caso, sumissem de lá. E impressionantemente, sumiram, inclusive alguns enfermeiros.

Fiquei muito magoada, por não ter visto grupos de oração católica, porém, n
ão perdi o meu credo, tampouco a "paciência de Jó", que sempre tive com a vida cotidiana e com os meus semelhantes; 
e graças a Deus-Pai, que não me deixou perder a fé e a razão (surtar e desistir de tudo), razão, cuja força pintou este quadro trágico da existência humana, que são as enfermidades físicas ou mentais, e assim, fazendo-nos perceber definitivamente, que devemos submeter à religião. Não se tratando de renunciar à razão, mas de perceber racionalmente que as razões da religião, são as únicas capazes de explicar nossa condição e nos dando alguma esperança. A grandeza do homem, se reflete em seu próprio pensar na finitude e em reconhecer sua condição de miséria. A grandeza e a miséria do homem estão interligadas. O homem não deve se julgar um animal, mas também não deve presumir que é um anjo, ... 
Então, mesmo sem conseguir respirar fundo (literalmente), pensei: "Deus Pai é o meu ar, os suspiros que não estou conseguindo dar, Ele está dando por mim, ... " 

E assim, consegui iniciar sozinha minhas preces, finalmente "mergulhando" no mistério da fé.
Era repetitiva, mas conseguia rezar. 
Fui a cada uma das raízes da fé cristã, por exemplo : 
Precisava me assemelhar ao profeta Daniel, que foi atirado na cova dos leões famintos por ser fiel ao Pai.
Ele poderia ter renunciado a tudo que cria, mas com sua paciência manteve-se firme e o Senhor o livrou. 

Com muita fé, eu não parava de rezar, pois tinha a certeza que o Pai, não falharia. 
Lembrei, de Moisés e sua fé inabalável, no Deus invisível ... 

No meu maior momento de desespero, humildemente chamei por Maria, a mãe do verbo encarnado
Conversei, apresentei a minha situação, ...

Dois dias depois dessa conversa, meu quadro de saúde começou a apresentar melhoras e os médicos ficaram mais perdidos e sem saber do que se tratava. A doença degenerativa foi completamente descartada, porém, sabiam que era uma grave e extensa lesão, no tronco cerebral - ponte, bulbo e cerebelo (o centro da vida), e entenderam que não se tratava de uma doença rara e sim única. Com essa melhora inesperada, os médicos iniciaram a pulsoterapia (corticóides na veia); 
comecei a sentir um alívio, as dormências sumiam na parte de trás da cabeça; e lentamente, voltava a movimentar o pescoço e braços.

Recebi alta na semana seguinte aos exames, sem nenhuma patologia específica. 
Com muita dificuldade e pouquíssimo equilíbrio, voltei para casa, andando, em 27 de novembro, dia de Nossa Senhora das Graças




Continuei o tratamento com o Dr Marcelo Cagy, que incluiu anti-inflamatórios. Foi necessário uso prolongado de corticóides - aproximadamente 1 ano e meio, pois o médico não queria correr o risco, que a doença voltasse.

A fase da recuperação, foi tão complicada e desesperadora quanto a fase do surto da doença, pois precisei reaprender a falar, engolir, andar, sentar, me ajoelhar, levantar, movimentar o pescoço, braços e mãos, escrever, manter o equilíbrio do corpo, ... , me concentrar e principalmente respirar fundo e ter muita paciência. Gradativamente, recuperava a coordenação motora, com caminhadas curtas.

As dores que eu não senti no surto, senti na recuperação de cada movimento. As dormências sumiam, mas surgiam as dores musculares. 

Foi uma sequência assutadora.
No primeiro dia, senti uma dor terrível no pescoço e coluna, e no dia seguinte não sentia mais essas dores, sentia esse membros normalmente, porém, a dormência continuava nos outros membros. Era como se eu fosse uma boneca de molas.
No terceiro dia, senti uma dor horripilante em uma das pernas, e no dia seguinte não senti mais as dores, e senti esse membro normalmente.
No quinto dia, senti uma dor assombrosa, na outra perna, e no dia seguinte não senti mais as dores, e senti esse membro normalmente.
No sétimo dia, foi a vez de sentir a dor em um braço, mas apesar da dor, também sentia o alívio e ao mesmo tempo, a dúvida, que no dia seguinte aquela dor não existiria mais.
Dia a dia, um membro se encaixava no outro.

A diplopia e a surdez parcial, foram os sintomas que mais incomodaram e persistiram; 

quando a movimentação dos olhos voltavam ao normal, eu sentia os globos oculares "entrarem", "saírem", "rodarem" e muitas "agulhadas", ... Fiquei cega em alguns momentos (desesperador!).  
A audição? Ouvia barulhos assustadores, sentia uma pressão intracraniana, pontadas muito fortes e frequentes, parecia que entravam dois vergalhões, um em cada ouvido! E os dois "vergalhões" se encontravam no meio da cabeça, e ficavam rodando como se fossem cotonetes! E, quando finalmente sentia os "vergalhões" saírem, quase desmaiava. 
E depois dessa tortura, também voltei a sentir totalmente os dedos e as solas do pés. Não sei explicar com precisão, mas durante todo o pesadelo, parecia que andava com duas bigornas, uma em cada pé, ou somente eles estavam enterrados. Demorei muito tempo, a senti-los totalmente.

A redução do uso de corticóides (desmame), foi gradual e também nada agradável; 
por várias vezes antes de dormir, senti um intenso tremor no corpo, e cheguei a pensar que estava sendo eletrocutada
Provavelmente, essa sensação de choque, foi um espasmo, decorrente do "desmame".

A cada dor que sentia, lembrava dos dias em que estive internada no 7º andar, do prédio principal do HFSE- RJ e ouvia os gritos de outros pacientes... não sabia distinguir se eram gritos de dor, desespero, ansiedade, delírios, ... 
No setor feminino, conseguia ouvir os gritos do setor masculino;
fechava os olhos, permanecia quieta e rezava para que aquela reação nunca acontecesse comigo.
As pacientes quando andavam pelos corredores, diziam que tinham delírios e consequentemente vontade de pular das rampas, que davam acesso aos outros andares..., o pior, é que nenhuma delas sabiam explicar o porque de cada sensação.
Era uma aflição indescritível, mas certamente era ansiedade.
Um dia antes de receber alta, pedi para me levarem até a janela, quando encostei no parapeito, tive a impressão que a parede e eu iríamos cair ... e sempre achava, que caíria da cama ou da cadeira de rodas.  Me faltava equilíbrio no corpo e na mente.

Para suportar as dores que persistiam, continuava insistentemente as orações e meditações ... já estava chegando no meu limite, quase pedindo ao Pai eterno, que me levasse para junto Dele, mas, precisava continuar com fé, que o tratamento seria bem sucedido, e que aquele pesadelo, acabaria logo. 
Enfim, veio o auge do desespero! Foi o momento em que deitei e percebi que se ficasse virada para um lado, parecia que estava com um "terremoto" dentro de mim e se ficasse virada para o outro lado, parecia que o corpo estava congelando e caminhando para uma fase terminal.
Perseverantemente, iniciei um processo de aprendizagem autodidata, de interiorização e relaxamento:
Fiz uma antiga forma de oração cristã, contemplativa que procura o amor de Deus e sua reciprocidade, no silêncio e na quietude, para além das palavras ou pensamentos.
Estava interiormente silenciosa e calma, quando ouvi uma voz :  
"Talita cumi"
"De pé!"
Em seguida: "Levanta-te ", “Venha como estais!” 
Respondi imediatamente: 
"Eis me aqui ”.
E ouvi: 
"Reconstrua-se", "Será guiada e guiarás" 

Estranhamente, observei umas sucatas/restos de trabalhos artesanais, e novamente ouvi a voz: 

" Eis, aqui, à sua matéria prima e terapia , faça-se, reconstrua-se, seja! ..." 

Como sempre trabalhei com artes, principalmente para crianças, fiquei observando as sucatas (mais uma vez: restos de trabalhos artesanais) e imaginei vários brinquedos com elas... cálculos matemáticos, ... músicas ... 
e mais uma vez ouvi a voz: 
"Respira e medita, trabalhe com o dom que te concedi". 
Ainda recuperando meus movimentos, comecei a utilizar métodos autodidatas de arteterapia e meditação, e produzir brinquedos com o material de descarte de trabalhos artesanais - telas, bobinas, tampas e potes de tinta, ... e, comecei a sentir os benefícios da arte ...
A arte (o dom que Deus me concedeu), foi um catalizador, favoreceu meu processo de recuperação. O meu veio artístico me fez deparar com um universo de fenômenos, suas formas de expressão, e poder criar a partir de elementos como equilíbrio, movimento, cor, som, forma, ritmo, ... 
A aproximação com tais elementos exigiu concentração e auto-observação, qualidades que se adquirem durante o próprio fazer artístico.

Foi um tratamento psicomotor que realizou a interação dos sentidos, da motricidade do cognitivo, com o meio facilitatório da arte, e através desses estímulos desenvolvidos , aprimorei a noção de esquema corporal, a coordenação motora ampla e fina, a lateralidade, o ritmo, a estrutura espacial, a organização temporal e a socialização...

Minha auto estima melhorou com a expansão dos domínios da arte. O estresse e a ansiedade pela cura foram diminuindo, os sintomas da doença sumindo ... 

As minhas funções vitais voltaram a ser controladas e realizadas espontaneamente, e aquele quadro irreversível do início da doença, a certeza que estava caminhando para uma morte encefálica, se distanciou absurdamente. Voltei a ter autonomia do corpo.

Confiante me dediquei na produção dos brinquedos. 
Fui fazendo uma peça aqui, outra peça ali e criei de forma completamente despretensiosa um blog e uma página no Facebook, que a princípio seria utilizada somente para pesquisas e atualizações dos meus trabalhos, uma distração (lembro que minha cabeça ainda possuía um leve tremor, e a sentia "descongelando").

Imaginei que a página só seria vista por mim e escrevi no título "Brinquedos e atividades com material reciclado, para maternal", pensando na minha filha. 
Para minha surpresa, a página foi ganhando força e visibilidade, percebi que estava sendo "seguida", por pessoas interessadas em atividades escolares, estudantes de geografia, ... , professsores, psicopedagogos, profissionais que atuam com pessoas em fase de reabilitação corporal e mental, e muitos outros profissionais de diversas especialidades ; 
Sempre soube que não estava fazendo reciclagem e sim reaproveitamento de materiais de descarte. A reciclagem material, nunca foi a finalidade desta página, e sim a ressignificação de pensamentos, reavaliando a aprendizagem humana na perspectiva de reintegração pessoal, social e educacional. 
A intenção , sempre foi mostrar que sustentabilidade não é só meio ambiente; 
tem a ver com legado e relações humanas; 
é um ato de civilidade, faz parte de uma harmonia social que demonstra respeito pelo próximo e torna a sociedade mais justa.

https://brinquedosmaterialreutilizado.blogspot.com/2019/04/trabalho-adaptado-com-alunos-da.html

Sem perceber, posicionei as pessoas diante da complexidade da Arte! 
A arte ampliando seus limites, ultrapassando o conceito de "arte pela arte", crescendo e passando a exercer uma grande função social. Tanto sobre seus praticantes, como também sobre todos aqueles que têm a oportunidade de, simplesmente, apreciá-la.

Troquei o nome da Fanpage por "Brincadeira Sustentável"... Na página antiga , eram 230 mil seguidores, e como todas as páginas que existem na internet recebem perguntas, a minha não fugiu a regra. Foi uma loucura, principalmente por estar administrando a página sozinha...
Em seguida criei o blog e o Instagram com o nome" Brincadeira Sustentável", mas no final das contas, os dois nomes , "Brincadeira Sustentável / Brinquedos e atividades com material reciclado, para maternal", ficaram interligados.

Ficava pensando: como a internet e suas redes sociais tem um alcance incrível! Elas ampliam possibilidades de interação. São vários aprendizados ao mesmo tempo.

E com essa visibilidade na internet, vários profissionais começaram a me 
procurar para criar oficinas, exposições de brinquedos, em escolas e parques, e ensinar a crianças, professores, monitores, pais, membros de associação de moradores a produzirem brinquedos... minha página e trabalho foram mencionados na rede social do Ministério do Meio Ambiente...
Sou referência em trabalhos acadêmicos e inclusive, na Secretaria de Educação do Mato Grosso do Sul, na área de Ciências. 






O caos que estava instalado na minha vida, e que lentamente se infiltrava e me levava a uma morte encefálica, foi transformado, em um leque de possibilidades, aprendizados, perspectivas , que se descortinam diariamente. 

Assim, "nasceu" a página BRINCADEIRA SUSTENTÁVEL / BRINQUEDOS E ATIVIDADES COM MATERIAL RECICLADO, PARA MATERNAL. 
Uma página PESSOAL e de PESQUISAS!

Algumas observações:

- sobre as sucatas/material de descarte de trabalhos artesanais que utilizava/utilizo, sempre foram de uso pessoais, selecionados e consequentemente, lavados e limpos. Sempre fui adepta da coleta seletiva, pois evita a disseminação de doenças e contribui para que os resíduos se encaminhem para os seus devidos lugares. 
Cada um é responsável pelo lixo que produz, tanto indústrias, como governos e consumidores.
Descarte correto de resíduos é responsabilidade todos nós. 

- sobre a doença: desde que tive alta no hospital, foram solicitadas várias ressonâncias magnética do crânio. Na primeira ressonância, foi constatada uma extensa lesão no tronco cerebral (ponte, bulbo, cerebelo). Na ressonância seguinte, surgiu uma mancha na região onde ocorreu a lesão. Então, perguntei ao médico qual era o significado daquela mancha e a resposta dele foi: " - É uma cicatriz ! ". 

Desapareceu completamente sem nenhuma intervenção cirúrgica. 

Sempre que volto ao ambulatório, fica cada vez mais constatado que não tenho doença degenerativa, e tampouco sabe-se dizer qual foi a patologia. Afirmam que não foi uma doença rara e sim única. 
A doença existiu! Afetou o tronco cerebral! E, sumiu!
---- Lembro de todos os profissionais, da equipe de neurologia, principlamente de uma médica residente, chamada Maria Teresa. 
Nos encontramos, em três situações: ---- a primeira, foi quando ela e outras residentes, acompanhavam o Dr. Marcelo Cagy, para as primeiras avaliações do meu caso. Foi na enfermaria, no dia seguinte em que dei entrada, no hospital. Ela e as outras residentes, foram enfáticas, dizendo que era um caso de esclerose múltipla. Em seguida a essa conclusão, duas enfermeiras foram onde eu estava, e introduziram-me uma sonda nasogástrica. A introdução foi necessária, pois eu não estava engolindo absolutamente nada e também não tinha reflexos nauseosos. Porém, fiz um escândalo, pois já estava surtada e fiquei conhecida como a moça da sonda nasogástrica. Qualquer pessoa que entrasse no quarto em que estava, eu pedia para retirar a famigerada sonda. ---- a segunda vez, Maria Teresa, foi auxiliar um médico residente, no exame de punção lombar, de uma paciente que estava na cama ao lado da minha. Foi na semana em que estava melhorando consideravelmente e já estava sem a sonda nasogástrica. Maria Teresa, mesmo com máscara cirúrgica, ficou visivelmente asssustada quando me viu e perguntou ao médico que acompanhava, se eu era a moça da sonda nasogástrica, ele disse que sim e continuou o exame. Em seguida, ela perguntou a ele, se eu tinha retirado a sonda, e ele respondeu não, que o procedimento de retirada, teria sido autorizado pelo enfermeiro chefe. Porém, Maria Teresa não parou de me observar, até que em um momento, não se conteve e me perguntou se estava tudo bem e se eu lembrava dela; respondi que sim, mas pensei: "- depois a desorientada sou eu. A moça está de máscara e vem perguntar se lembro dela e ainda pergunta se estou bem. Como estaria bem, se continuo no hospital e sem saberem o que tenho? Que louca!" ---- a terceira situação, foi em  2013, em uma das minhas primeiras idas ao ambulatório, após a alta hospitalar. Haviam, aproximadamente três médicos residentes acompanhando o Dr Cagy, na sala em que atende os pacientes, e uma das residentes era a Maria Teresa. Quando ela me viu entrando na sala, sem apoio ou ajuda de ninguém, ereta e com total equilíbrio e domínio do meu corpo, o susto foi visível. Como eu não estava preocupada com o que ela iria dizer, e sim, com o que o Dr Cagy diria, não percebi que ela tinha saído da sala. Só fui perceber, quando o Dr. disse que iria comecar as avaliações, somente quando Maria Teresa voltasse do banheiro, porque ele queria que ela presenciasse as avaliações, pois ela não acreditava no que estava vendo. As avaliações foram feitas, e o doutor perguntou: "- Você acredita Maria Teresa?", e a resposta foi: "- Eu vi como ela estava! Não sei mais o que dizer."
- sobre a sonda, a sua retirada, foi um capítulo a parte. Foi s.u.r.r.e.a.l.
- o neurologista que acompanha o meu caso, não quer me perder de vista. Na primeira avaliação de 2018, ele disse para um residente, que o acompanhava surpreso, a paciente incomum (eu): "às vezes, aparecem uns casos assim, só para bagunçar com o nosso coreto". Em seguida, relatei que não estava conseguindo dormir (sempre fui notívaga), e se ele poderia me receitar um remédio... a resposta foi a seguinte: "- Não vou receitar remédio, pois, sinto informar que o seu caso é sobrenatural."

Não tenho nenhuma sequela da doença e não sou dependente de remédios ou chás.

  
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Agradeço a Deus, o onipotente, onisciente, onipresente por ter me concedido força e entendimento para suportar tudo o que passei.

A OBRA É DE DEUS
Observação: depois, ocorreram outras experiências comigo, tão surpreendentes, quanto essa. 
Serviram para confirmar, que Deus, não precisa de explicação.
Sua sabedoria é plena e excede todo o nosso entendimento. 
Ele é fiel e sua fonte de amor é inesgotável.
 Deus do possível, o todo poderoso.

Renasci, renovei e me transformei.



Eu e minha filha (com 6 meses) em 2012, 25 dias após ter recebido alta hospitalar. Nessa foto, percebe-se que estou tentando me equilibrar para nenhuma das duas caírem; ainda estava com pouca força em alguns músculos do corpo e face. Se der um zoom na foto, perceberá que ainda estava com diplopia (vesga).

Foto em 2023
(Basílica de Nossa Senhora da Penha - RJ)

Nunca deixe de rezar e de agradecer. 
Quem está com Deus, está com tudo. 
Quem não está com Deus, não está com nada.
Deus ou nada!
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